quarta-feira, 20 de julho de 2011

Entrevista com o economista equatoriano Pablo Dávalos.

Muito interessante para pensar os caminhos da América:



Primeiro índio Yanomami passa para cursar Direito sem cotas


Anselmo Yanomami disputou vagas em igualdade com os demais vestibulandos da Cathedral


NEIDIANA OLIVEIRA
neidiana@folhabv.com.br

Valorização e estímulo ao povo indígena. Essa frase resume o sentimento de felicidade e conquista de Anselmo Yanomami, 26, primeiro integrante da comunidade indígena Yanomami de Roraima a ingressar em uma faculdade de Direito no Brasil, sem a ajuda da política de cotas raciais. 

Marcado como um fato histórico para o Estado, para o povo yanomami e para a instituição, Anselmo foi aprovado no vestibular 2011.2 da Faculdade Cathedral para o curso de Direito, com duração de cinco anos.

“Me sinto privilegiado e muito feliz por essa oportunidade, pois não significa apenas passar no vestibular, mas vencer um desafio, já que é a primeira vez que um Yanomami cursará faculdade de Direito no país”, disse.

Anselmo contou que desde 2001, quando ingressou no Magistério Yarapiari , desenvolvido pela CCPY/ISA na Universidade Federal de Roraima (UFRR), sentiu o desejo de fazer Direito e se tornar um profissional da área de advocacia.

“Em meio a lutas e dificuldades, consegui dar o primeiro passo, que foi passar no vestibular. Agora minha expectativa é me esforçar bastante para alcançar meu objetivo final, que é ser um advogado reconhecido no país”, enfatizou.

Para Anselmo, essa foi uma porta importante que se abriu para oferecer mais oportunidade aos indígenas. Ele lembrou que tentou por duas vezes o vestibular na UFRR, mas não conseguiu devido à concorrência.


“Como há a política de cotas, então são oferecidas penas cinco vagas para aproximadamente 130 indígenas. Isso dificultou a realização desse sonho, mas a partir de agora vou mostrar a capacidade e a força de vontade que o povo indígena tem”, afirmou.


Anselmo acrescentou que, entre os seus interesses profissionais, se destaca o de mostrar para os outros jovens indígenas a importância do conhecimento do mundo não indígena, visando assim manter um diálogo nítido e acessível entre os povos índios e brancos.


UM INCENTIVO AO POVO YANOMAMI DE RORAIMA


O professor e procurador de justiça, Edson Damas, um dos incentivadores de Anselmo, informou que esse é um motivo de felicidade para todas as partes envolvidas, mas dando enfoque ao povo Yanomami.


“Esse momento já faz parte da história de Roraima e do Brasil, principalmente por ser o primeiro yanomami a cursar Direito no país, sendo em uma faculdade normal, que não tem o Núcleo Insikiran e nem política de cotas, disputando vaga igualmente com qualquer outro cidadão comum. Isso valoriza ainda mais essa conquista do povo indígena”, comentou.


Damas lembrou da valorização da unidade de ensino para com o povo indígena, já que disponibiliza bolsa de estudo integral para os alunos dessas comunidades. “Indígena não é menos inteligente ou menos competente que o não indígena, a questão são habilidades diferenciadas. Anselmo pode provar isso”, disse.


É um reconhecimento à sociodiversidade, que significa a existência simultânea de grupos humanos  de raças distintas predominantes em um lugar. E Roraima possui a maior população indígena do Brasil.
 


“A pretensão da instituição é trabalhar um convênio com a Hutukara, que é a associação Yanomami e Yekuana, visando proporcionar um maior número de vagas aos indígenas que queiram cursar nível superior”, informou Damas.
 


FACULDADE TRABALHA O SOCIAL E O
 
PROFISSIONAL JUNTO AOS INDÍGENAS


O diretor presidente da Faculdade Cathedral, Haroldo Campos, salientou que instituição é pioneira na formação de pessoas indígena. “Desde 2003 abrimos o convênio oferecendo bolsa integral aos estudantes indígenas, porém todos os candidatos devem fazer regularmente o vestibular, seguindo o critério igualitário de avaliação, sem a política de cotas”, esclareceu.
 


Campos lembrou que há dois anos, quando o secretário do Ministério da Educação (MEC) veio a uma reunião com as comunidades indígenas na UFRR, anunciou que a Universidade de Brasília (UnB) estaria abrindo três vagas para indígenas.


“Nessa ocasião, a Faculdade Cathedral já tinha formado mais de dez indígenas e estávamos com outros em processo de formação. Hoje podemos afirmar que cerca de 43 indígenas - agora com Anselmo 44 -   passaram ou estão estudando em nossa instituição”, declarou.


O diretor comentou que a unidade de ensino trabalha com uma equipe de professores doutores que acompanha o desenvolvimento dos alunos indígenas dentro da faculdade. Além disso, há um acompanhamento junto à língua portuguesa, que é uma das dificuldades.


“A finalidade é verificar como vai ser o desempenho, o grau de conhecimento e as dificuldades dos alunos, para assim ajudar esses estudantes. Com relação à língua portuguesa, eles conseguem assimilar rapidamente”, observou.
 


Questionado sobre a evasão escolar, Campos afirmou que no meio dos alunos indígenas o índice é proporcional ao dos alunos brancos. “Dos 43 indígenas alunos da instituição, 21 já graduaram e o restante ainda está estudando. Então a média de evasão é quase que comparado aos demais alunos, tendo em torno de 20% a 25%”, informou.
 


Para Campos, a inclusão é uma iniciativa que faz parte de um trabalho social desenvolvido pela Faculdade Cathedral. “Realizamos junto aos órgãos indígenas do Estado um trabalho que abrange não somente o social desse povo, mas também o profissional”, destacou.


(Notícia enviada por Maria Celina Assis)

domingo, 19 de junho de 2011

Visita especial em nossa aula


Na última aula do Seminário tivemos a honra de receber Lucas Paniz e Pedro Erê, que fazem parte da banda Apóstrofe. Lucas apresentou seu trabalho de mestrado que trata das relações da música com a Geografia, especialmente considerando o espaço platino. Após, os músicos fizeram  um show especial para a turma. Confira a foto:

domingo, 5 de junho de 2011

¿Que es eso de identidad cultural?

"Reflexiones sobre el pensamiento de Guillermo Magrassi, por José María Lorenzo, apresenta uma série de reportagens publicadas na  revista argentina  Paralelo 36 .     


Guillermo Emilio Magrassi (1936-1989):
Sociólogo y antropólogo argentino.
Realizó estudios de especialización en ciencias políticas, psicología social, 
arqueología y museología en Argentina, México y Estados Unidos.

                      ( http://www.museomagrassi.org.ar)         
 
"El país, al igual que la nación, sigue fragmentado. Somos como un archipiélago de islas 
separadas, vertical y horizontalmente, social y culturalmente. No basta siquiera con que
 podamos llegar a reconocer nuestra plurietnicidad, ni que lleguemos a encontrar en 
nuestra realidad pluricultural un motivo más o menos fundamental para ser pluralistas.
 Somos dependientes, periféricos, sobre todo culturalmente y porque no nos conocemos." 

                                                        Guillermo Magrassi 1985

primera parte 
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=174

secunda 
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=243

tercera
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=313

cuarta
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=370

quinta
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=426

sexta
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=476 

septima 
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=533

octava parte
http://www.revistaparalelo36.com.ar/?p=582

Alguns sites para visitar

Uvla – universidad virtual latinoamericana

Coletivo de Ccultura Popular
  
blog que contem uma matéria sobre   os treinta años de la Filosofía Latinoamericana, y también de la Filosofía y la Teología de la Liberación.

 Neste site da revista inglesa radical  philosophy o anuncio da
publicação do KUSCH em inglês em  2010 :